terça-feira, 11 de junho de 2013




Amar, amar...


...E quando amar
Sem reserva sem se entregar
A esse amor de todo
E tudo a todo tempo por inteiro
Plantar, regar, colher...
E os frutos desse amor cuidar
Como se cada um deles fosse o único
E que não seja o derradeiro

Sonhar, sorrir, doer...
Como se nada fosse tão igual, de bom
E esse amor, enquanto amor se derramar
Ser pra valer
Ser ton sur ton

Acreditar, fazer
Que as promessas não só possam se dizer
Que ele seja o último
Que nada sobre ele esteja
Mas em tudo seja ele o primeiro  

Crer, ir, ficar...
Ficar eternamente
 Se prender unicamente pelo prazer de se dar

Ir
Sempre sem pressa de chegar
Num bonde em que só ele é o passageiro
Chegar
A crer na busca eterna de um lugar
Que até então inexiste
Sem medo de avassalar ligeiro
Ou ficar triste

Amar, amar, amar
Como quem ignora a ilimitação do mar
Precisa só de vela, vento...
A bussola é seu próprio cheiro
Coração e um par de remos pra remar
Ansiando navegá-lo por inteiro
Pra não perder tempo, tempo não contar
Quebrar ampulhetas e ponteiros

Então pois quando,com o tempo se lembrar
-E sempre se lembrar
Diga-se de tudo do que foi e do que há
Que nada é absolutamente tal e qual
De tão maravilhosamente verdadeiro


Sales de oliveira
05-12-2006




Um comentário:

  1. Q beleza! Maravilha! É disso q precisamos todos para gozar a beleza da poesia!

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